terça-feira, 11 de novembro de 2008

Vadiagem

Teu corpo, amanhecido,
virou sim, meu alimento,
minha pomada, unguento;
café da manhã, oferecido.

Virei um vadio à passear
pelo teu corpo, teus campos
e nas tuas esquinas, cantos,
não me canso de ficar.

Então, fica vadia comigo
e na putaria, se acasala;
dá-me teus peitos e bocas,

faz do teu corpo, abrigo,
com teus pêlos, me agasalha;
vadios, nessa vida louca !

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Tua língua se enfia,
me implora, se enrola,
pega a minha e puxa.
Tua língua se afia,
me judia, me amola,
me alisa e repuxa.