Fica linda prá mim,
cheirosa e leve;
neve caindo assim.
Encosta devagar,
se roça e atiça,
deixa agora entar.
Em cheiros e tatos,
em montes e riachos,
encontro teu mato.
E mexes com jeito,
tesão puro e solto
no gozo perfeito.
Na pelvis me encosto,
me encaixo e afundo
e do jeito que gosto,
desbravo teu mundo !
Há de se escrever no livro, algumas bobagens. Há de se fazer um que de sacanagens. Há de se cuidar de tantos incômodos, se recolher neste cômodo e esperar a morte, tão cômoda !
quinta-feira, 19 de março de 2009
segunda-feira, 16 de março de 2009
Quem ama, dá a bunda
Ela escancarou prá mim
de tal maneira, que me assustei.
Ofereceu-me a bunda !
Disse que soube por aí,
leu em algum lugar,
que dar a bunda,
é a maior prova de amor
que alguém pode oferecer.
Passada a surpresa,
provei e aprovei o rebolado;
que bunda gostosa a dela !
Mas, em meio à gemidos e gozos,
não pude deixar de imaginar:
porra, será que o Beto
também gosta tanto assim,
prá querer me dar um carro,
um apartamento e a bunda ?!
de tal maneira, que me assustei.
Ofereceu-me a bunda !
Disse que soube por aí,
leu em algum lugar,
que dar a bunda,
é a maior prova de amor
que alguém pode oferecer.
Passada a surpresa,
provei e aprovei o rebolado;
que bunda gostosa a dela !
Mas, em meio à gemidos e gozos,
não pude deixar de imaginar:
porra, será que o Beto
também gosta tanto assim,
prá querer me dar um carro,
um apartamento e a bunda ?!
sábado, 7 de março de 2009
Assanhamento
Teu assanho, me assanha,
me puxa prá dentro,
me empurra prá fora;
eu saio, depois entro.
Teu jeito, me aceita,
me solta e me prende,
e me deixa tarado;
ora corre, ora se rende.
Eu, tão sério, brinco em ti,
você, brinca com coisa séria;
que desde quando te vi,
nós saimos da miséria !
me puxa prá dentro,
me empurra prá fora;
eu saio, depois entro.
Teu jeito, me aceita,
me solta e me prende,
e me deixa tarado;
ora corre, ora se rende.
Eu, tão sério, brinco em ti,
você, brinca com coisa séria;
que desde quando te vi,
nós saimos da miséria !
Horatória
Somos o meia nove bem feito,
o valete mais que perfeito
que nunca se desencaixa.
Somos a língua na boca,
aquela paixão muito louca,
aquele enlace de pernas.
Somos os leites sugados,
aqueles amores chupados,
aquela chupeta de tudo.
Somos o doce e o mel,
a cabeça e o chapéu,
a bengala de nós dois.
Somos o encaixe da boca,
das línguas entrando,
dos dentes mordendo
e nove e meia, gozando !
o valete mais que perfeito
que nunca se desencaixa.
Somos a língua na boca,
aquela paixão muito louca,
aquele enlace de pernas.
Somos os leites sugados,
aqueles amores chupados,
aquela chupeta de tudo.
Somos o doce e o mel,
a cabeça e o chapéu,
a bengala de nós dois.
Somos o encaixe da boca,
das línguas entrando,
dos dentes mordendo
e nove e meia, gozando !
quarta-feira, 4 de março de 2009
Quentura
A moça tinha uma quentura
que o gelo, não amenizava;
na boca, no corpo, na cintura.
A moça tinha uma secura
que a água, não saciava;
arrepios, desmaios, tonturas.
Só passava, quando as mãos,
que eram também, tão febris,
a tocavam com sofreguidão;
aos poucos penetravam, gentis.
que o gelo, não amenizava;
na boca, no corpo, na cintura.
A moça tinha uma secura
que a água, não saciava;
arrepios, desmaios, tonturas.
Só passava, quando as mãos,
que eram também, tão febris,
a tocavam com sofreguidão;
aos poucos penetravam, gentis.
segunda-feira, 2 de março de 2009
Teu colo
O teu corpo, para mim é tudo,
onde me perco, onde me acudo;
tão macio colo, puro aconchego,
onde me acho, onde me achego.
O teu corpo, para mim não mente,
sei de cor tudo o que êle sente;
tão quente, doce e sempre perto,
onde me encaixo, onde me acerto.
Ah! Teu corpo, que solto no meu,
me faz acreditar, deixar de ser ateu.
Então, o meu corpo, preso no teu,
perdeu a chave, de sair esqueceu.
onde me perco, onde me acudo;
tão macio colo, puro aconchego,
onde me acho, onde me achego.
O teu corpo, para mim não mente,
sei de cor tudo o que êle sente;
tão quente, doce e sempre perto,
onde me encaixo, onde me acerto.
Ah! Teu corpo, que solto no meu,
me faz acreditar, deixar de ser ateu.
Então, o meu corpo, preso no teu,
perdeu a chave, de sair esqueceu.
Por acaso
Foi um acordo feito às pressas,
na urgência da madrugada.
Foram ávidas bocas,
foram trêmulos corpos
que se procuraram,
que enfim, se encontraram.
Foi um desprezo à solidão
que sentiam os dois.
Foram caladas bocas,
foram entregues os corpos,
que se saciaram,
sabendo bem antes
que não haveria depois.
E o que não foi combinado,
acabou sendo o certo,
que começou tão errado;
porque na hora do adeus,
repararam que estavam
ambos, já acostumados !
na urgência da madrugada.
Foram ávidas bocas,
foram trêmulos corpos
que se procuraram,
que enfim, se encontraram.
Foi um desprezo à solidão
que sentiam os dois.
Foram caladas bocas,
foram entregues os corpos,
que se saciaram,
sabendo bem antes
que não haveria depois.
E o que não foi combinado,
acabou sendo o certo,
que começou tão errado;
porque na hora do adeus,
repararam que estavam
ambos, já acostumados !
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