domingo, 17 de outubro de 2010

Feito bala

Brinquei com teu brinco,
com meu brinco, brincaste.
Em teus ouvidos,
sussurros e línguas;
em minha boca,
teu gosto e gemidos.

Suguei os teus peitos,
sugaste-me inteiro.
Em tuas cavernas,
meus gritos ecoaram
e como teus, me voltaram.

E nos lambemos, nos doamos
com a avidez dos amantes,
na descoberta da doçura,
feito a bala que chupamos.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Sedução

Luzes no quarto.
Um quarto nosso qualquer.
Nas ancas desnudas,
nos bicos dos peitos
e nas penugens douradas,
em mim, a mulher.

Saí ainda à pouco
e já com saudades,
do veludo das peles,
do eriçar dos pelos,
da delicadeza do grelo.

A gota de suor que sobrou,
quer no umbigo teu, descansar;
você deixou, eu deixei.
É o nosso pingo poema
que para ti, ofertei.

sábado, 18 de setembro de 2010

Poema gozo

Aguardo teu poema de domingo,
vestido com roupa de missa;
a roupa melhor que tens.
Combinado com loiros cabelos;
perfume avisando, que vens.

Aguardo teu poema elegante,
despido das roupas que visto.
E perfeito ou chulo, releio
com olhares aqui ou adiante,
o teu gozo poema que veio.

Ajoelho-me. Engulo-te sim !
Teu poema grelo roçou-me,
teu poema gozo tocou-me,
levou-me ao prazer, enfim !

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Grelos sem grilos

A língua lambeu,
a boca comeu
onde se pensava
que nada havia.
O gozo foi delas;
delas, a folia.

O corpo girou,
a garganta gritou
enquanto gozavam.
Sem grilo, grelos
feitos paus
roçavam em pelos.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Indecentemente

Quando segurei-te nas mãos,
arrepiaram-me os sentidos,
arrepiou-se o corpo teu
nos eretos rosados bicos.
E beijei-os tão guloso,
na ânsia que tive de ti,
em bocas e línguas tantas,
enfiadas, lambidas sôfregas.

Entrei indecente, sem licença,
na permissão que pode
toda essa nossa paixão.
Fiquei interminável aí,
os dois tão à sós;
tão teu, tão meu, tão nós.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Conversa viada

Brincávamos
feito dois sacanas.
Duvidávamos
que éramos bons de cama.
Até que um dia,
nos provamos :
fomos para o quarto
e dormimos pra caramba !

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Censura

Me prostitui.
Fiz tudo errado.
Canibal, comi da própria carne
e me empanturrei dos meus odores;
me maltratei e me mandei flores,
tudo por causa de ti
e no final, ainda te perdi.
Fui travesti sem vergonha
e rebolei a bunda que não tenho,
me desvestindo de preconceitos.
Fui uma agressão tamanha
na seriedade dos teus homens;
sim, estes mesmos que te comem
ou te enganam com perturbações,
se esganam em masturbações.
E você, os engana à todos,
todos tão fodas mal dadas,
perdidos entre teus peitos
e sentindo-se satisfeitos;
lambendo beiços e bigodes
e ainda te dizendo :
Viu ? Assim é que se fode !

terça-feira, 27 de abril de 2010

Hábitos

Abriu pernas, fechou olhos,
porque decidida estava:
queria perder o cabaço
enquanto com êle brincava.

Fechou olhos, abriu bocas,
lambeu, chupou e engoliu
e quando chegou ao gozo,
gritou, chorou e sorriu.

Abrindo e fechando, assim,
em cada gozada, paraíso.
As rezas chegaram ao fim;
novos hábitos, outro juízo.

sábado, 3 de abril de 2010

Gozo perfeito

Pensando em ti,
me agarrei,
me masturbei
e enfim, gozei.

Imaginei teu corpo
deitado em mim,
te comi assim;
sentindo o fim.

No gozo perfeito,
imaginei teus peitos.
E eu, duro novamente,
gozei loucamente.

sábado, 6 de março de 2010

Carícia

O dedo próximo da boca,
ficou só a meio caminho,
entre os lábios e o resto;
sabia que seria salgado
na mistura do suor mas,
que não seria indigesto.

O dedo parou em riste,
entre o meio e o termo.
E se a boca já babava,
o indicador e o polegar,
até mesmo toda a mão
já não lhe bastava.

Então, fechou os olhos,
soltou a sua imaginação,
enfiou-se em muitos dedos.
Emaranhou-se nos pelos
e só, finalmente gozou,
na doce carícia do grelo !

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Meu fim

Deixei-te por uns tempos
e, quando afinal, volto,
te encontro assim;
nos lábios, uma cereja,
no copo, tanta cerveja.

Deixei-te por uns tempos
e, quando afinal, volto,
te vejo em puro fogo,
em carícias e pelos,
em volúpias e grelos.

Deixei-te por uns tempos,
para ir algures, me procurar,
porque com você, me perdi
e não sei onde me encontrar.

E, me recebe a mesma puta,
com um sorriso para mim;
desisti da minha procura,
é dentro de ti, o meu fim !

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Sa pecando

Nosso namoro é um brinquedo,
que dá para o nosso gasto,
brincadeira de tão bom gosto;
sou cavalo nesse teu pasto.

Te como, te mastigo, te abuso,
me esfrego com um cio danado,
em grelos, em bundas, em coxas,
me sacio, nesse vício alucinado.

Nosso namoro é um truque,
é macumba de tanto batuque;
com tua safada pomba gira,
meu caboclo se mete, se vira.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Viadagem

Isso, agora vem,
põe devagarzinho
prá não machucar.
Mais um pouquinho,
não, melhor parar;
deixa um pouco,
tá bom assim;
coisa de louco
ter você em mim.

Isso, agora vai,
fica gostoso
no entra e sai.
Você é fogoso
e quero mais.

Ruim será depois
que terminar,
ou você não sabe
que ao entrar
no apertadinho
onde você entrou,
ficaram marcas
que o vento
ainda não levou?

Além do mais,
vou ter que engolir
meus próprios ais;
quando você sair,
vou querer mais!!!

Sessenta e nove

Lambuzei-me em ti
e tantas loucuras
por você cometi.
No desvario,
tua outra boca,
ávido beijei
e tu tão louca,
esfregou a barba
em meu rosto,
com tanto prazer,
com tanto gosto.

Inundei-te de mim,
larguei-me todo
depois fiquei assim,
feito um bobo,
querendo entender
que imenso prazer;
duas barbas roçando,
você e eu sem pudor,
gemendo e gozando.

Solitária

Com os dedos
te acaricias.
Com êles,
ao paraíso vais;
te satisfazes
e me trais.
E egoísta,
não te divides
com ninguém,
mesmo sabendo
que quero também.

Ser trocado
por teus dedos
é demais,
mesmo sabendo
quão belos
e sensuais.

Então pensa,
façamos um trato:
dá-me tuas mãos,
dou-te as minhas.
Que meus dedos
incansáveis farão,
nunca mais
gozares sózinha.!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Morro de tesão

Um dia, te pego de jeito
e te faço tanto mal
ou, te faço bem feito.
Um dia, te deixo de quatro
e em você, me encaixo,
no teu ou no meu quarto.

Um dia, me enfio em ti,
me desvio  do meu caminho,
me afogo no teu carinho
e se não voltar, é que morri !

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Falo Dela

Ela é tão fêmea,
mas, me penetra
com seu falo.
Então, eu me calo,
estremeço e sinto
o grande prazer
de também receber.

Ora, não me dou
à tanto trabalho
de provar que sou
assim, tão macho.
Admito que vou
às vêzes por baixo
enquanto ela fala:
relaxa e goza
que agora eu encaixo!

Gozado

Goza muito,
goza com vontade,
que isso
não é maldade.

Goza muito,
que o gozo é paraíso,
te enlouquece,
tira o juízo.

Goza muito,
nesse instante breve
louca deliras,
ficas tão leve.

És pássaro agora,
solto, à voar,
querendo novamente,
gostosamente gozar!

Algazarra

É tanto barulho,
tanto grito,
que logo imaginam
sermos atrito.
Êles não sabem
que a algazarra,
é porque estamos
na maior farra.

Você me chupa,
eu te lambo,
você me cutuca,
eu fico bambo.

Quem é aguenta
tanto tesão?
É berro, gemido
até palavrão.
Começa no sofá,
termina no chão;
que a cama quebrou.

Safadeza

Vivemos assim,
igual cão e gato;
tu bates em mim,
eu te maltrato.
Que amor é esse
tão vagabundo,
fazendo enguiço,
virando o mundo?

Se estamos amigos,
nós nos amamos;
aí, viramos bandidos
e nos odiamos.
Somos sem-vergonhas,
em tapas e beijos,
embolamos fronhas,
saciamos desejos.

Para por-mos um fim,
então me escuta:
se agimos assim,
é porque sou corno
e você uma puta !

Nascente

Teus pequenos seios
me enlouquecem.
Tento controlar
a louca vontade
de tua alma sugar.
Deixar seco o rio
que corre em teu corpo
e escorre num fio,
caindo aos poucos.

Teus lábios loucos
não falam, porém,
com murmúrio rouco,
chamam também.
Impetuoso amor,
não mais contenho
e fico em você
com todo o ardor
que agora tenho.

Sôfrega e gulosa,
me prendes assim,
igual caverna
que não tem fim.
És no entanto,
tranquila nascente
que desagua em gozo
de água transparente.

Qualquer Posição

Por cima
ou por baixo,
tanto faz,
me encaixo.

De frente
ou de lado,
não importa,
sou safado.

Em pé
ou deitado,
de todo jeito
fico tarado.

Em toda posição
vamos gozar,
que nossa vida
é feita de amar.

Combustão

Teu corpo esguio
é só calor,
terno e macio
na hora do amor.

Meu corpo quente
perde a razão,
é amor urgente;
pura emoção.

Nossos corpos
cansados,
unidos estão.
Somos agora
namorados,
loucos de tesão.

Tuas bocas

Uma boca, me beija,
a outra, me bole.
Uma boca, me chama,
a outra, me engole.

Uma boca, me fala,
a outra, recrimina.
Uma boca, me diz,
a outra, me alucina.

Uma boca, me sorri,
a outra, me canta.
Uma boca, me agrada,
a outra, me encanta.

Uma boca, me explora,
com línguas e saliva.
A outra, me atiça
e com gozos, me cativa.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

A maior foda do mundo

Vamos perder a vergonha,
bagunçar os lençóis
e desarrumar as fronhas.
Esquecer masturbações e bronhas.
Vamos enfim, foder.
Vamos perder cabaços,
deixar de lado olhares
de esguelha, desconfiados;
sorrisos disfarçados.
Vamos sim, transar
até chegar o cansaço.
Vamos perder juízos
e ir lá pro céu,
sem medo e sem dores;
o inferno é aqui, então,
vamos ao paraíso.
E os hipócritas que se danem,
se nos acharem imundos.
Vamos falar palavrões
enquanto damos
a maior foda do mundo !

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Sem vergonha

Não pode ser virtual,
tem que pegar na mão,
tem que se roçar
e tem que ter tesão.

Não pode ser parado,
tem que ter agito,
tem que ter teu berro
e tem que ter meu grito.

Não pode ter frescura,
tem que se chupar,
tem que dar gostoso
e bem gostoso gozar !

Quero teu umbigo, sempre

Para que querer esta noite contigo,
se amanhã, sem querer, partiremos.
Para que uma foda bem dada,
se depois, separados seremos.

Para que ficar imaginando coisas,
se com a aurora, levarás parte minha
e deixarás o gosto do gozo,
enquanto vou, tu ficaras sózinha.

Quero um pedaço teu, comigo,
que agora, vivo só para ti.
Quero meus dedos, no teu umbigo
e te sentir sempre aqui.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Lambanças

Hoje, a vontade de escrever,
fazer sacanagens.
Ser língua e dedos
e me enfiar em você
sem sentir medo.
Ser aquele sacana
que sempre quis ser,
te convidar pra cama,
sem querer dormir
e depois do gozo, sorrir.

Hoje, a vontade de ficar nú
sem vergonha do teu olhar;
com meu olhar sem vergonha,
te despir e então,
colar corpos e bocas,
ficarmos assim, um
e depois, molhados e melados,
rirmos feito crianças
que gostaram de fazer lambanças.