Há de se escrever no livro, algumas bobagens.
Há de se fazer um que de sacanagens.
Há de se cuidar de tantos incômodos,
se recolher neste cômodo
e esperar a morte, tão cômoda !
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Grelos sem grilos
A língua lambeu, a boca comeu onde se pensava que nada havia. O gozo foi delas; delas, a folia.
O corpo girou, a garganta gritou enquanto gozavam. Sem grilo, grelos feitos paus roçavam em pelos.
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Tua língua se enfia, me implora, se enrola, pega a minha e puxa. Tua língua se afia, me judia, me amola, me alisa e repuxa.
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Tua língua se enfia,
me implora, se enrola,
pega a minha e puxa.
Tua língua se afia,
me judia, me amola,
me alisa e repuxa.