Nada é mais gostoso
que o cheiro do gozo,
que é o teu cheiro,
que sai do teu rio
e é onde me enfio
e me afogo todo.
Nada é mais entrega
que a tua esfrega,
que é pele pura,
que é onde me assanho
e é onde me arranho
e louco, te como.
Se não és santa, nem puta,
abre prá mim, então,
teus buracos, tua gruta,
que me entrego em tesão !
Há de se escrever no livro, algumas bobagens. Há de se fazer um que de sacanagens. Há de se cuidar de tantos incômodos, se recolher neste cômodo e esperar a morte, tão cômoda !
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Nosso sarro
O nosso enrosco
poderia ser
das cores, o fosco,
dos sabores, o gôsto.
O nosso assanho
poderia ser
da dor, o arranho,
do gozo, o lanho.
O nosso sarro
poderia ser
do corpo, o agarro,
do chão, o barro.
A nossa foda
poderia ser
do samba, a roda,
da viola, a moda.
E poderia ser cheiro
esse nosso faro,
que caberia no cheio
do tesão que é raro !
poderia ser
das cores, o fosco,
dos sabores, o gôsto.
O nosso assanho
poderia ser
da dor, o arranho,
do gozo, o lanho.
O nosso sarro
poderia ser
do corpo, o agarro,
do chão, o barro.
A nossa foda
poderia ser
do samba, a roda,
da viola, a moda.
E poderia ser cheiro
esse nosso faro,
que caberia no cheio
do tesão que é raro !
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