quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Sem Abuso

Fico contigo agora,
desde que não desdenhe,
desde que não me abuse,
desde que não me emprenhe.

Quero sim, o teu amor,
se me tratares assim,
igual à uma dama,
sem pedir nada prá mim.

Que na hora certa,
serei tua santa, puta,
deito-me em tua cama

e então, toda aberta,
me entregarei sem luta;
te amarei igual me amas.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Gozo Apertado

Vesti-me, preservei-me,
botei roupa no pinto,
sufoquei o coitado
e entrei no recinto.

Êle reclamou do aperto
e quando enfim, gozou,
tossiu, gemeu, engoliu
e quase se engasgou.

Saiu correndo e falou :
usar essa touca não vou.

Sou mais uma punhetinha;
livre, leve e soltinha !

Poema devasso

Agora, finjo que gozo contigo,
em tardes solitárias e tristes,
em que meus dedos, amigos,
empunham o membro em riste.

Acredito nessas letras escritas,
com jeito de coisas malvadas;
antes, fossem palavras benditas,
mesmo que parececem salgadas.

Acho loucura gozar pelos poros,
soltar pela boca, poemas devassos.

Mas, também não mais ignoro,
quão loucos, os poemas que faço.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Teu Roçado

Dizem as más línguas,
que quando te coça,
não queres a cana;
só ficas na roça.

Um dia, faço a prova,
te embriago, embebedo
e com o maior prazer,
nessa roça enveredo.

E se por acaso, o teu
for maior que o meu,

fico quieto, acho gozado
e gozo no teu roçado !

sábado, 22 de novembro de 2008

Rabo de saia

Deixa eu me encaixar,
te enrabar
e gozar bem gostoso;
um gozo infinito,
com cheiro e jeito
de deixar satisfeito.

Quero teu rabo de saia,
teu rabugento modo
de amar e gozar.
Teu uivo, teu lanho,
de abertas pernas,
a mostrar doidos
e loucos amores.
Tremores de corpo,
arrepios e loucuras tantas;
minha puta, minha santa !

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Praga de puta, pega

A tua praga pegou !
Dessa vêz, eu brochei
- ou será que broxei ?
Com "ch"ou com "x",
fiquei com o pau
à ver navios;
bandeira a meio mastro,
um barco sem lastro.

Tive que me contentar
com uma punheta,
implorando prá caceta
acordar e fazer bonito.
Praga de puta, pega,
adormece logo o pinto;
coitado, nem culpa tem
e não come ninguém.

Mas, como disse Vinícius,
enquanto eu tiver dedos
e língua, não serei brocha
- ou será que é broxa ?
Que a mulher goza até
em dedos, bocas e línguas.
Comigo é tesão na boca,
deixo ela quase louca
e ninguém fica à míngua !

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Gozou da vida

Era uma moça desbocada,
abocanhava tudo,
engolia até o talo,
cuspia nas bolas,
lambia a cabeça
e mordia no embalo.

Urrava feito uma égua,
era vaca, era puta.
Gritava que queria mais
e se abria todinha;
pedia prá enfiar tudo
e queria sempre atráz.

Achava que tudo era gozado
e não se contentava nunca
com o que se dava;
metia tudo no rabo
e saboreava e gemia,
enquanto toda hora gozava.

Até que um dia,
gemeu,
tremeu
e morreu.
Se fodeu !

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Sem Cerimônia

Agarrei com as duas mãos,
mamão tirado do pé;
teus seios ofertados
prá minha boca.
Teu leite sugado
com ânsia louca.
Teus bicos olhando
prá mim,
pedindo línguas e dentes,
sorrindo, implorando
prá eu entrar.

E eu entrei como se fôsse
em casa,
sem cerimônia, sem mêdo,
fingindo surpresa
diante do teu segrêdo
aberto prá mim.
Então, gozei tudo,
abismado com tamanha
sofreguidão.
Tesão de deixar louco,
de ficar quieto depois,
sentindo o gozo
inundando nós dois !

À uma puta

Não te imaginava
tão puta assim,
gozando com todo mundo,
se espremendo em coxas,
gemendo, indo fundo.

Te esperava mais santa,
mais prá mim;
um pouco mais perfeita,
em camas menos afoitas,
em fronhas nunca desfeitas.

Não te esperava
entre paus e bocas,
entre bundas e ancas,
entre tantas transas loucas.
Uma verdadeira orgia,
balançando rabos e peitos;
enfim, mais uma vadia !

domingo, 16 de novembro de 2008

Gravatas e Colarinhos

Só o que faço nessa vida,
é andar com o cú na mão,
rezando todos os dias,
prá poder ganhar o pão.

Enquanto lá em Brasília,
aqueles filhos da puta
riem à toa, desprezando
quem leva a vida na luta.

Ganham sem trabalhar,
se enforcam em gravatas,
colarinhos e mentiras,
em piadas e bravatas.

A mordomia dos sacanas
são acintes ao trabalhador
e quem estiver incomodado,
que vire também senador !

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Nossos Girassóis

Falou-se tanto em flores,
tantos carinhos, amores,
que mãos dadas e beijos
traduziu tesão, desejos.

Estranho a língua estranha
que da tua boca sai e ganha
ares de terras distantes,
onde vou à todo instante.

Que essa saudade, agora,
me visita à toda hora
e me pega pela mão,
leva prá perto da solidão.

Falou-se tanto em flores,
conjugou-se o verbo amar
e o que sobrou, foram dores
e muitas lágrimas prá chorar.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Beija Flor

Tua flor, se abriu prá mim,
tão molhada, tão linda
e eu passarinho, te beijei,
suguei tua doçura infinda.

Que em pétalas, te vi
se abrindo, radiante assim,
me oferecendo, molhada,
tua seiva, saborosa sim.

Tua flor, que ontem, botão,
despetalando-se prá minha boca,

a sugar com tanta paixão;
sôfrega avidez, tesão louca !

Bicho Papão

O bicho papão chegou,
e comeu, e engoliu,
satisfei-se todo ali
e depois, apenas fugiu.

Criança de colo, chorou,
porque queria ter mais
do que o bicho lhe deu
e do que não lhe deixou.

Bicho de olhos enormes,
de língua sempre afiada,
à comer inocente criança
que passeia na madrugada.

Criança no colo, chorou
porque sentiu e gostou
do que o bicho lhe deu;
porque êle lhe comeu !

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Tuas Coxas

Entre tuas coxas
e tuas colchas,
desarrumo lençóis,
esparramo gozos.
Em ti me enfronho,
de quatro de ponho,
te como por trás.



Entre tuas coxas,
gozo e te mamo,
digo que te amo.
Enfio minha língua,
teus buracos exploro,
com loucura imploro
um gozo a mais.


Entre tuas coxas,
vou direto e reto,
me entorto, acerto
bem fundo em ti.
Que, todinha aberta,
acolhe descoberta,
nuazinha prá mim.


Entre tuas coxas,
te quero em pêlo,
mostrando o grelo.
Que você, assim,
se entrega e grita,
se mexe, se agita;
desarruma a cama !

Um Poema...

Era prá ser...
um poema...
o melhor à fazer...
é calar !

Vadiagem

Teu corpo, amanhecido,
virou sim, meu alimento,
minha pomada, unguento;
café da manhã, oferecido.

Virei um vadio à passear
pelo teu corpo, teus campos
e nas tuas esquinas, cantos,
não me canso de ficar.

Então, fica vadia comigo
e na putaria, se acasala;
dá-me teus peitos e bocas,

faz do teu corpo, abrigo,
com teus pêlos, me agasalha;
vadios, nessa vida louca !

Thor e Spyk


Essa cachorrada dá um trabalho, mas é a alegria da casa.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Abundância

Na rua, aquela bicha louca
passou, com os lábios pintados,
com aquele alegre rebolado
e um cigarro longo, na boca.

Chamou todos os olhares,
pediu prá si muitos aplausos
e, requebrando, fêz pouco caso,
seguiu com risos, cantares.

E o requebro daquela bunda,
desmanchou-se, acenando,

imaginou-se em uma barafunda
e foi embora, linda, rebolando.

domingo, 9 de novembro de 2008

Máscaras

E descobri então,
que todas as palavras
foram ditas,
malditas.

Que os carinhos
estiveram em outras
tantas camas,
sacanas.

Ah! Que falsos sorrisos,
se escondem agora,
por trás de ti.
Que máscaras cairam,
e quando te revi,
todas ruíram !

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Bodas

Um desviar-se de corpos,
um esconder-se nos cantos,
parecendo doença que pega;
um disfarçado pranto.

Um sorriso branco, amarelo,
um olhar indireto, agora.
Talves, um restinho de amor,
mas, louco prá ir embora.

Parabéns, essas bodas são nossas,
chegamos cansados e oprimidos;

uma pena que hoje não possas
comemorar feliz, estando comigo.

Novelos

Nossos pêlos, emaranhados,
são difíceis de separar;
se colam, se enrolam até,
quando vamos namorar.

Nossas bocas bem coladas;
respiração boca a boca,
sugando uma à outra,
mordiscando a língua louca.

Corpos, em novelos feitos,
enrolados, tão parecidos,

fazendo-se nós perfeitos;
um ao outro, tão unidos.