Falou-se tanto em flores,
tantos carinhos, amores,
que mãos dadas e beijos
traduziu tesão, desejos.
Estranho a língua estranha
que da tua boca sai e ganha
ares de terras distantes,
onde vou à todo instante.
Que essa saudade, agora,
me visita à toda hora
e me pega pela mão,
leva prá perto da solidão.
Falou-se tanto em flores,
conjugou-se o verbo amar
e o que sobrou, foram dores
e muitas lágrimas prá chorar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Tua língua se enfia,
me implora, se enrola,
pega a minha e puxa.
Tua língua se afia,
me judia, me amola,
me alisa e repuxa.