Eu falo tantas línguas, na língua
que em teu corpo percorre;
verbo perfeito, ou chulo,
na maciez da saliva, que escorre.
Digo quantos verbos são meus,
enquanto viajo e entro nos vãos
e corro para a entrada de ti,
no carinho feito ao coração.
A infinita palavra do gozo, vem
na úmida quentura que cai
nossos corpos nus, indecentes,
nos gemidos roucos que tens,
é doce, a palavra que sai,
à gemer assim, docemente !