sábado, 6 de março de 2010

Carícia

O dedo próximo da boca,
ficou só a meio caminho,
entre os lábios e o resto;
sabia que seria salgado
na mistura do suor mas,
que não seria indigesto.

O dedo parou em riste,
entre o meio e o termo.
E se a boca já babava,
o indicador e o polegar,
até mesmo toda a mão
já não lhe bastava.

Então, fechou os olhos,
soltou a sua imaginação,
enfiou-se em muitos dedos.
Emaranhou-se nos pelos
e só, finalmente gozou,
na doce carícia do grelo !