segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Nascente

Teus pequenos seios
me enlouquecem.
Tento controlar
a louca vontade
de tua alma sugar.
Deixar seco o rio
que corre em teu corpo
e escorre num fio,
caindo aos poucos.

Teus lábios loucos
não falam, porém,
com murmúrio rouco,
chamam também.
Impetuoso amor,
não mais contenho
e fico em você
com todo o ardor
que agora tenho.

Sôfrega e gulosa,
me prendes assim,
igual caverna
que não tem fim.
És no entanto,
tranquila nascente
que desagua em gozo
de água transparente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Tua língua se enfia,
me implora, se enrola,
pega a minha e puxa.
Tua língua se afia,
me judia, me amola,
me alisa e repuxa.