quarta-feira, 10 de junho de 2009

Saudades da Buça

É mole, o ridículo.
Ou, é ridículo porque é mole.
Vive balangando sua moleza.
-Sou assim porque ninguém me bole-,
vive pensando com tristeza.
Não tem inveja da dureza, isso não;
já tinha sido um daqueles.
Que o diga a Buça, que n'outros tempos,
já tinha sentido a tala.
Mas, à respeito disso, não fala;
águas passadas, que levaram
carinhos, amores e a Buça também.
Tem até um certo orgulho
em dizer que depois dela, nunca mais !
Na verdade, tem esperanças ainda.
Sonha acordado com a volta.
E tem que disfarçar,
porque até hoje, a Buça
atiça e mexe com aquilo
que ninguém mais consegue.

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Tua língua se enfia,
me implora, se enrola,
pega a minha e puxa.
Tua língua se afia,
me judia, me amola,
me alisa e repuxa.