As mãos, talves foram feitas
pra pedir o pouco carinho,
mas, o que fazem é sentir
em dedos e punhos, sózinhos.
As palmas têm esses caminhos,
que percorrem a pele só,
porque já são velhas amigas;
uma da outra se fazem nó.
Quando no gozo, se lambuzam,
se enxergam no amor animal.
Se completam e se usam,
sabem ser satisfeitas, afinal.
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Tua língua se enfia,
me implora, se enrola,
pega a minha e puxa.
Tua língua se afia,
me judia, me amola,
me alisa e repuxa.