Os dedos andam cansados,
do inútil vai e vem,
sem sexo e sem nexo;
um gozo para ninguém.
O corpo todo já sente
o peso desse cansaço,
a falta do aconchego
e a quentura do abraço.
As mãos, famintas mãos,
procuram agora, em vão,
tateiam na busca de ser
amantes daquele prazer.
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Tua língua se enfia,
me implora, se enrola,
pega a minha e puxa.
Tua língua se afia,
me judia, me amola,
me alisa e repuxa.