quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Mentiras

Quando em ti, me encaixo,
me rebaixo, porque sempre
te vi igual uma puta,
ou, uma santa
de muitas e tantas
línguas obscenas.


Quando em ti, me arranho,
me apanho gostando da dor
que vem, depois do amor.
Porque, jurei em rezas,
não entrar nas tuas
orgias que prezas.


Jurei não te tocar,
mas, quando gozo, afinal,
volto sempre à jurar,
à ficar outra vêz de mal.

Um comentário:

  1. Delicioso. Você sabe fazer gostoso... e esse negócio de juras quase sempre dá em nada!!

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Tua língua se enfia,
me implora, se enrola,
pega a minha e puxa.
Tua língua se afia,
me judia, me amola,
me alisa e repuxa.