quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Sobre amores e cabaços

Quanta besteira se fala
em nome do amor,
quantos absurdos se ousam,
ao se entregar uma flor.

Mas eu, não quero isso;
esse incômodo cabaço
é o que quero de ti,
fazer-te sangue e melaço.

Porque não sou bom rapaz,
não sei de hipocrisias, nem
de deslavadas mentiras;
não te chamo de meu bem.

Só quero em ti me enfiar,
quero teu corpo e teu cio

e quando enfim, terminar,
ou te deixo, ou me vicio !

Um comentário:

Tua língua se enfia,
me implora, se enrola,
pega a minha e puxa.
Tua língua se afia,
me judia, me amola,
me alisa e repuxa.